Uma comissão de professores e pais de alunos do Colégio Estadual Gabriel de Lara, no centro de Matinhos, reivindicou ontem segurança nos entornos das escolas da cidade. Estiveram presentes representantes da comunidade, políticos, da Polícia Civil, da Guarda Municipal, da Patrulha Escolar da Polícia Militar e do Conselho de Segurança (Conseg) de Matinhos. O delegado de polícia, Max Dias Lemos, prometeu agilidade nas investigações sobre a identidade dos assaltantes. Mas pediu ajuda à comunidade: “posso pedir a prisão do suspeito, mas preciso que a comunidade faça o reconhecimento dos criminosos. Não será pessoalmente, não haverá represálias. Mas o reconhecimento é fundamental”.
O sargento Eleanderson, da Patrulha Escolar, falou sobre as dificuldades de pessoal e de estrutura da unidade – que tem feito o que pode para atender Matinhos e Pontal do Paraná, com apenas uma viatura. “Temos limitações técnicas, mas fazemos nossa parte”, afirmou ele. A Guarda Municipal tem auxiliado nas rondas preventivas, mas não tem poder de polícia. São três viaturas em três turnos. Uma viatura fica fixa no Hospital Navegantes, outra percorre as 30 escolas estaduais e municipais da cidade e uma terceira vistoria os prédios públicos. “Também temos limitações. Mas estamos sempre atentos para atender os que precisam. Fazemos ronda e cuidamos muito do patrimônio público. Ainda não temos armas, mas trabalhamos em parceria com a polícia”, exemplificou Marcelo Gaspar, diretor da Guarda.
Nem o Conselho Tutelar, nem o Ministério Público (MP) se fizeram presentes na reunião. Entre as decisões, ficou programada uma nova reunião no dia 24 deste mês. Desta vez com todos os diretores e representantes de pais de Matinhos. Para o dia 10 de agosto está prevista uma audiência pública. Na oportunidade, os pais deverão entregar um abaixo assinado pedindo segurança nas escolas e mais policiamento. O abaixo assinado deverá embasar uma ação civil pública semelhante a que foi feita no Sul do Paraná e que resultou na determinação judicial de que o estado amplie o efetivo das Polícias Civil e Militar nas cidades de União da Vitória, General Carneiro, Bituruna, Cruz Machado, Paula Freitas e Porto Vitória. “Já é um bom começo”, disse a mãe de aluno Luciana Machado Ribeiro, integrante da comissão de pais.