A melhor defesa é o ataque, já diziam os antigos. Pois bem. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protocolou uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelas investigações da Lava Jato – que investigou o desvio de dinheiro da Petrobras para pagar propina para políticos e para caixa dois de campanhas eleitorais. O documento pede que o Sérgio Moro seja investigado por violação à Convenção Interamericana de Direitos Humanos por crimes de abuso de autoridade.
Os advogados do ex-presidente afirmam que não têm base legal as investigações contra Lula, citam a condução coercitiva no dia 4 de março deste ano e a determinação de busca e apreensão na casa e no escritório do ex-presidente e de sua família como casos de abuso e arbitrariedade. O mais grave seria o fato de o juiz ter violado a lei ao divulgar áudios registrados em interceptação telefônica do ex-presidente.
O documento também afirma que as decisões de Moro implicaram abusos contra a mulher do ex-presidente, Marisa Letícia, e os filhos do casal, Fábio Luiz, Luis Cláudio, Sandro Luiz e Marcos Cláudio. Os advogados condenam a quebra do sigilo das conversas interceptadas, afirmam que a decisão teve caráter político para comprometer a nomeação de Lula como ministro-chefe da Casa Civil.