O Supremo Tribunal Federal (STF) deverá analisar nas próximas horas se abre um inquérito para apurar a suspeita de que o presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG), recebeu propina de Furnas. Também deverá ser investigado no mesmo processo o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A apuração de irregularidades contra os dois políticos foi feita pela Procuradoria-Geral da República nos desdobramentos da Lava Jato, a partir da delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral (PT-MS). Além dele, o doleiro Alberto Youssef, um dos primeiros delatores da Lava Jato, também foi ouvido. O doleiro confirmou as denúncias e afirmou que Aécio recebia valores mensais, por intermédio de sua irmã, da empresa Bauruense, contratada por Furnas.
Na solicitação, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que uma operação da Polícia Federal no Rio encontrou documentos de doleiros que confirmam a existência de uma conta no Exterior ligada a uma fundação em nome da mãe de Aécio, Inês Maria Neves Faria. Esse fato havia sido citado na delação de Delcídio. O procurador também pediu um segundo inquérito contra Aécio e o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) por suspeita de envolvimento na maquiagem de dados do Banco Rural para esconder o mensalão mineiro, na época em que Aécio era governador de Minas Gerais.
Em relação a Cunha, Janot afirmou que o deputado é um dos líderes de uma das células que integra uma grande organização criminosa que teria atuado em Furnas. O pedido de abertura de inquérito aponta que Cunha foi o responsável por alterar a legislação do setor energético, em 2007 e 2008, para beneficiar seus interesses, com a relatoria de medidas provisórias (396/2007 e 450/2008) que favoreceram a empresa Serra da Carioca II.
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