Grupo de extermínio: mortes atribuídas a coronel dos Bombeiros foram realizadas por grupo da PM

Lembro-me como se fosse ontem. O coronel do Corpo de Bombeiros do Paraná e ex-comandante da instituição, Jorge Luiz Thais Martins, foi acusado de matar nove pessoas entre os meses de agosto de 2010 e janeiro de 2011 por suposta vingança. O filho dele havia sido morto por bandidos e ele teria resolvido “limpar” a área. Na época lembro que o defendi independente dele ter ou não cometido algum homicídio – já que muitas vezes perdemos o controle quando falamos em “filhos”, ainda mais quando a Justiça não é feita. Ele sempre negou a autoria dos crimes, mesmo assim ficou preso por duas semanas e indiciado por supostamente ter cometido nove homicídios (quatro duplos homicídios e um homicídio simples) contra pessoas que seriam usuárias de drogas, na Favela da Rocinha, no bairro Boqueirão.


Pois bem. Agora à tarde, o site da Gazeta do Povo traz informações reveladoras sobre o caso. Um grupo de extermínio foi preso hoje por 30 dias para investigações composto por dois policiais militares da ativa, um capitão da PM da reserva e dois ex-policiais militares excluídos da corporação. Um segundo policial da reserva também é investigado, mas há apenas um mandado de busca e apreensão contra a casa dele. Foram cumpridos ainda 12 mandados de busca e apreensão.

Agora, na nova investigação, a motivação do crime ainda seria a mesma: vingança. A novidade é que não teriam sido cometidos pelo coronel Martins em razão da morte do seu filho Jorge Guilherme (em 2009). A vingança teria sido de um dos suspeitos, que também é policial militar e também teve um primo próximo assassinado quase quatro meses antes da primeira morte na favela.

O primo do policial seria Edison Jorge Ribeiro Júnior, assassinado em maio de 2010, a uma quadra de onde começaram os ataques, na Rua Paulo Setúbal. As armas responsáveis pelos disparos foram encontradas e estão sendo periciadas, segundo a Polícia Civil. As mortes foram todas com tiro na cabeça – mostrando que foram execuções.

Se comprovada a nova investigação policial cabe uma bela indenização ao coronel dos bombeiros. Afinal, honra não se joga na lata de lixo. Ainda mais quando o homem tem um histórico brilhante de serviços prestados à favor da comunidade. Enfim...


... justiça seja feita!

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