Sempre fui contra a proliferação de siglas partidárias. Isso não fortalece a democracia, ao contrário, aumenta a possibilidade de prostituição partidária e balcão de negócios. Bastavam alguns partidos (PDT, PSDB, DEM, PCdoB – por exemplo) de direita, esquerda e centro. E as eleições seriam feitas na mais completa ideologia política e não na conveniência de cada um.
Agora minha tese ganhou mais peso. Uma pesquisa feita junto aos cofres públicos mostrou que entre repasses do Fundo Partidário e renúncias fiscais para bancar a propaganda no rádio e na TV, os mais de 30 partidos políticos brasileiros custaram ao erário cerca de R$ 9,4 bilhões nos últimos dez anos. Esse valor equivale ao da obra mais cara da Olimpíada do Rio: a construção da linha de metrô entre Ipanema.
Segundo cálculos publicados hoje no jornal O Estado de São Paulo, de cada R$ 5 do financiamento público das atividades políticas na última década, R$ 1 foi direcionado a partidos com baixa representatividade. Enquadram-se nessa categoria 19 legendas, que custaram R$ 1,7 bilhão em subsídios desde 2007. Não é um absurdo dos mais completos?
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