Quase 600 aves foram resgatadas com vida numa Operação da Polícia Militar (PM) em Arapongas para combater a prática criminosa de “rinhas de galo”. Cinquenta pessoas foram detidas e além das aves foram apreendidos: armas, espingarda de pressão, material cirúrgico, remédios, livros de apostas, biqueiras de ferro e esporas de plástico. “Ao todo, 50 pessoas foram conduzidas à delegacia. Elas faziam parte de um grupo especializado na prática deste crime e tinham conhecimento do delito. Os animais eram treinados e criados para participar deste tipo de evento em que era cobrado um valor de entrada e as apostas eram de grandes valores, além dos animais estarem estimados em preços altos”, conta a soldado Camila, auxiliar de Relações Públicas.
Foram recolhidas 560 aves, das quais 147 estavam no local onde aconteciam as rinhas e o restante nas residências. As equipes também apreenderam duas espingardas, um revólver calibre 38, uma espingarda de pressão, material cirúrgico, anestésico, anabolizantes, livros de apostas, biqueiras de ferro e esporas de plástico (usados durante as rinhas).
As aves foram entregues em colégios agrícolas e para depositário fiel até que uma decisão judicial seja tomada.
O árbitro Flávio Rodrigues de Souza foi a grande sensação da partida de ontem entre o Atlético Paranaense (Furacão) e o Atlético Mineiro (Galo). O Furacão era melhor em campo, mas o empate poderia até ter acontecido, se não fosse da forma como foi. Mal intencionado, o árbitro Flávio Rodrigues de Souza começou seu espetáculo negativo após os 30 minutos de partida. Não viu faltas para cartão contra o rubro-negro paranaense, expulsou o treinador (a pedido do quarto árbitro), perdeu o controle da partida e seguiu suas lambanças não dando pênalti a favor do Atlético, dando a favor do Galo e aplicando penalidades inexistentes.
Teve a mãe xingada pela torcida durante todo o espetáculo e saiu sob vaias generalizadas da imprensa e dos torcedores em um som quase ensurdecedor: “puta que pariu, a CBF é a vergonha do Brasil”! Se não for devidamente punido e retirado no rol de árbitros, a CBF estará dando um tiro no pé e mostrará mais uma vez o despreparo que tem em todos os sentidos. Corrupção? Antipatia gratuita? Inabilidade? Incompetência? Qualquer destas respostas não dá qualquer alívio para a CBF. Ou se profissionaliza verdadeiramente os árbitros ou continuaremos a ser desacreditados no futebol e na política dentro do futebol – ainda mais nojenta e rasteira!
Vergonha! Foi assim que saí do estádio ontem. Envergonhada não com o time – que se mostrou guerreiro, não com o treinador Paulo Autuori (que fez modificações equivocadas mas se mostrou capaz de lutar pelo Atlético dos Paranaenses), não com a diretora (que se calou diante do episódio). Minha vergonha foi bem maior, foi a vergonha de fazer parte do mundo do futebol brasileiro – que tem perdido espaço cada vez mais para países onde o futebol é profissional...
Mas as reclamações alcançaram também os jogadores. O goleiro Weverton foi um dos mais contundentes e não poupou críticas ao árbitro Flávio Rodrigues de Souza. Segundo o arqueiro, o próprio juiz, antes da partida, disse para alguns jogadores do Furacão que iria "consertar" os erros cometidos pelo árbitro do duelo com o Palmeiras, no fim de semana passado. Na oportunidade, Flávio era o quarto árbitro. “Pelo amor de Deus, não existe. Ele chegou aqui e disse que iria consertar a merda que o outro árbitro fez. Ele veio aqui e fez muito pior. O juiz erra, mas hoje foi demais. Cansa a gente trabalhar a semana inteira e daí vem um cara e estraga”, disse o goleiro – que atuou até como uma espécie de treinador, incentivando o time na partida com o Galo. “É chato falar de cabeça quente, mas eu não tenho nem dúvida que ele atrapalhou nosso time. Gerou insegurança ao nosso time”.
O jogador Nikão confirmou que os erros da arbitragem trouxeram descontrole ao time. “O jogador quando o juiz erra não pode falar que toma amarelo. E se continuar falando é expulso. A gente não pode falar. E ele pode errar. Todo mundo viu que ele errou, mas o jogador não pode falar. Não é de hoje que o Atlético vem sendo prejudicado. O jogo estava bonito e vistoso. Depois, a atenção do jogo ficou para o juiz pelas coisas que aconteceram dentro de campo”, assinalou o atleta.
Tudo teria começado aos 25 minutos do primeiro tempo, quando o técnico Paulo Autuori foi expulso da partida após reclamar de um lance assinalado pelo árbitro. O quarto árbitro Ronan Marques da Rosa garantiu ter sido xingado pelo treinador – um dos mais calmos que vi atuar em toda minha vida!
“Quero desafiar o quarto árbitro – acabo minha carreira amanhã, se o que ele colocou ali é verdade. Ele mentiu. Isso tem que acabar. Ele disse que eu xinguei o trio de arbitragem. Mentira. Ele faltou com a verdade claramente. Em nenhum momento fui ofensivo. Reclamar de lance, todos reclamam e eu não vou parar de reclamar. Se ele comprovar que eu xinguei, eu coloco meus 40 anos carreira no lixo. Isso transcende o futebol: verdade ou mentira. E ele mentiu descaradamente”, afirmou Paulo Autori.
Como se não bastasse tudo isso, no fim da partida, Flávio Rodrigues de Souza ainda anulou o gol de Thiago Heleno depois de marcar falta de Walter no lance. Acham que acabou? Não. Os árbitros ainda tentaram encrencar o Atlético depois do jogo e relataram na súmula que três moedas de R$ 0,25 centavos e uma revista de publicidade amassada foram atiradas ao final da partida dentro do campo.