O ex-jogador Dunga não é mais treinador da Seleção Brasileira. Ele foi oficialmente desligado hoje depois de uma reunião agora pouco na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Conforme escrevi recentemente, ele não saiu sozinho. Junto com ele, o coordenador Gilmar Rinaldi também deixou o cargo.
Segundo nota oficial da CBF, a decisão foi tomada em comum acordo e agora a entidade inicia a busca pelo nome do novo técnico e de toda a comissão. O nome mais cotado, querendo os Corinthianos ou não, é o de Tite. E cá entre nós, é sem dúvida a redenção da Seleção ter um treinador como ele em seus quadros.
Pelo sim, pelo não, Tite está sendo aguardado para uma reunião ainda hoje com o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero.
A desclassificação da Seleção Brasileira na fase de grupos da Copa América foi a pior vergonha que já vi desde que me conheço por gente – pelos idos de 1977 (com seis anos e já amante do futebol). O treinador Dunga, que como jogador já era um desastre (cortava todas as bolas para fora, sem ser capaz de dominar e sair jogando), mostrou que a retranca é a pior forma de se jogar futebol. Não se faz gol, não se tem espetáculo e ainda corre-se o risco de levar um gol – mesmo que seja de mão.
Nada justifica a desclassificação. Não adianta chorar, dizer que a arbitragem jogou contra o Brasil, que houve impedimento no gol porque foi feito pela mão do jogador adversário. Não dá para admitir que Dunga entrou com o time em campo para empatar e se classificar. Somos o Brasil, pentacampeão mundial. Ou um time de várzea que sofre para conseguir ganhar do Peru ou do Equador?
Se valeu algo esta desclassificação, que seja a queda do Dunga. Que percebam o absurdo da indicação dele como treinador de uma Seleção e que o demitam. Temos excelentes técnicos no Brasil e fora do Brasil, não podemos ficar com o refugo, com alguém que não serviria para treinar ao menos o Clube Atlético Paranaense (CAP). Sou muito mais o Paulo Autuori.
Outros vão dizer que não tínhamos o Neymar. Sim, é verdade. Nem por isso temos que nos dar ao desfrute de não conquistarmos, de não sermos Brasil!...
A Seleção conseguiu nessa competição empatar com o Equador por zero a zero, surpreendeu vencendo o Haiti por 7 a 1 e pensou que sabia fazer o dever de casa. Mas foi surpreendida pelo Peru e perdeu por 0 a 1. Desde 1987, a Seleção não era eliminada na fase de grupos da Copa América.
Dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), passou da hora de darmos adeus a Dunga e ao coordenador de Seleções, Gilmar Rinaldi! Daqui a pouco ficaremos fora da Copa do Mundo de 2018 e faremos vexame nas Olimpíadas!...
O árbitro Flávio Rodrigues de Souza foi a grande sensação da partida de ontem entre o Atlético Paranaense (Furacão) e o Atlético Mineiro (Galo). O Furacão era melhor em campo, mas o empate poderia até ter acontecido, se não fosse da forma como foi. Mal intencionado, o árbitro Flávio Rodrigues de Souza começou seu espetáculo negativo após os 30 minutos de partida. Não viu faltas para cartão contra o rubro-negro paranaense, expulsou o treinador (a pedido do quarto árbitro), perdeu o controle da partida e seguiu suas lambanças não dando pênalti a favor do Atlético, dando a favor do Galo e aplicando penalidades inexistentes.
Teve a mãe xingada pela torcida durante todo o espetáculo e saiu sob vaias generalizadas da imprensa e dos torcedores em um som quase ensurdecedor: “puta que pariu, a CBF é a vergonha do Brasil”! Se não for devidamente punido e retirado no rol de árbitros, a CBF estará dando um tiro no pé e mostrará mais uma vez o despreparo que tem em todos os sentidos. Corrupção? Antipatia gratuita? Inabilidade? Incompetência? Qualquer destas respostas não dá qualquer alívio para a CBF. Ou se profissionaliza verdadeiramente os árbitros ou continuaremos a ser desacreditados no futebol e na política dentro do futebol – ainda mais nojenta e rasteira!
Vergonha! Foi assim que saí do estádio ontem. Envergonhada não com o time – que se mostrou guerreiro, não com o treinador Paulo Autuori (que fez modificações equivocadas mas se mostrou capaz de lutar pelo Atlético dos Paranaenses), não com a diretora (que se calou diante do episódio). Minha vergonha foi bem maior, foi a vergonha de fazer parte do mundo do futebol brasileiro – que tem perdido espaço cada vez mais para países onde o futebol é profissional...
Mas as reclamações alcançaram também os jogadores. O goleiro Weverton foi um dos mais contundentes e não poupou críticas ao árbitro Flávio Rodrigues de Souza. Segundo o arqueiro, o próprio juiz, antes da partida, disse para alguns jogadores do Furacão que iria "consertar" os erros cometidos pelo árbitro do duelo com o Palmeiras, no fim de semana passado. Na oportunidade, Flávio era o quarto árbitro. “Pelo amor de Deus, não existe. Ele chegou aqui e disse que iria consertar a merda que o outro árbitro fez. Ele veio aqui e fez muito pior. O juiz erra, mas hoje foi demais. Cansa a gente trabalhar a semana inteira e daí vem um cara e estraga”, disse o goleiro – que atuou até como uma espécie de treinador, incentivando o time na partida com o Galo. “É chato falar de cabeça quente, mas eu não tenho nem dúvida que ele atrapalhou nosso time. Gerou insegurança ao nosso time”.
O jogador Nikão confirmou que os erros da arbitragem trouxeram descontrole ao time. “O jogador quando o juiz erra não pode falar que toma amarelo. E se continuar falando é expulso. A gente não pode falar. E ele pode errar. Todo mundo viu que ele errou, mas o jogador não pode falar. Não é de hoje que o Atlético vem sendo prejudicado. O jogo estava bonito e vistoso. Depois, a atenção do jogo ficou para o juiz pelas coisas que aconteceram dentro de campo”, assinalou o atleta.
Tudo teria começado aos 25 minutos do primeiro tempo, quando o técnico Paulo Autuori foi expulso da partida após reclamar de um lance assinalado pelo árbitro. O quarto árbitro Ronan Marques da Rosa garantiu ter sido xingado pelo treinador – um dos mais calmos que vi atuar em toda minha vida!
“Quero desafiar o quarto árbitro – acabo minha carreira amanhã, se o que ele colocou ali é verdade. Ele mentiu. Isso tem que acabar. Ele disse que eu xinguei o trio de arbitragem. Mentira. Ele faltou com a verdade claramente. Em nenhum momento fui ofensivo. Reclamar de lance, todos reclamam e eu não vou parar de reclamar. Se ele comprovar que eu xinguei, eu coloco meus 40 anos carreira no lixo. Isso transcende o futebol: verdade ou mentira. E ele mentiu descaradamente”, afirmou Paulo Autori.
Como se não bastasse tudo isso, no fim da partida, Flávio Rodrigues de Souza ainda anulou o gol de Thiago Heleno depois de marcar falta de Walter no lance. Acham que acabou? Não. Os árbitros ainda tentaram encrencar o Atlético depois do jogo e relataram na súmula que três moedas de R$ 0,25 centavos e uma revista de publicidade amassada foram atiradas ao final da partida dentro do campo.