O preconceito passa dos limites! E quando ele está numa cidade como Curitiba, capital dos paranaenses, parece que dói ainda mais! Pois bem. A Prefeitura de Curitiba publicou do Diário Oficial o veto total ao projeto de lei que obrigava os bancos a contar com pelo menos uma vigilante mulher no seu quadro de funcionários. A profissional ficaria encarregada de realizar revista em pessoas do sexo feminino.
De acordo com a justificativa apresentada pelo prefeito, a exigência da contratação de vigilante do sexo feminino “atinge, direta e indiretamente, as empresas que prestam e fornecem mão de obra de segurança, o que implica a livre iniciativa das empresas de segurança e a relação de trabalho dessas empresas com seus empregados. Mas e a segurança dos clientes? Facilmente uma mulher pode entrar com material proibido dentro de um banco, mas não poderá jamais ser revistada pela ausência de uma segurança do sexo feminino. Não parece um pouco contrassenso? Se a Polícia Militar (PM) sempre sai com policiais femininas para averiguações, se agentes penitenciários precisam ter mulheres em seus quadros, por que as empresas de segurança não?
Bem, o projeto foi vetado pelo prefeito. Mas ainda existe uma chance pequena de se tornar lei. Para isso, precisará que os vereadores sejam efetivamente “machos” (no sentido de serem fortes, determinados, decididos) e promulguem por conta própria um projeto que foi criado por eles, analisado pelas comissões de legislação e Justiça e aprovado pelos próprios vereadores. Ou os nobres edis vão se fazer de mortos e engolirão mais essa imposição administrativa?
Com a palavra, os vereadores de Curitiba.