Se o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) por suposto crime econômico parece não ter volta, a chapa poderá esquentar agora para o vice Michel Temer (PMDB). É que a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Thereza de Assis Moura, corregedora-geral da Justiça Eleitoral, autorizou ontem o início da produção de provas que devem embasar as ações que pedem a cassação da chapa formada pela presidente da República, Dilma Rousseff, e pelo vice-presidente, Michel Temer. Segundo a ministra, "o momento processual" deve garantir "o direito à produção da prova e não seu cerceamento".
A ação tenta provar que houve abuso de poder econômico e político nas eleições presidenciais de 2014 e uso de dinheiro do esquema de corrupção na Petrobrás para abastecer a campanha. A fase de coleta de provas inclui depoimento de testemunhas que são também investigadas na Operação Lava Jato, a perícia contábil em gráficas e fornecedores da campanha presidencial encabeçada pelo PT e juntada de informações colhidas pelo juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba. Um dos documentos solicitados é a tabela detalhada com as propinas recebidas em cada contrato da Petrobrás que foi preparada pelo ex-gerente da estatal Pedro Barusco como prova de que o PT recebia os recursos.
Nota da Blogueira: Se fizerem o mesmo no Paraná com a Operação Publicano, não sobrará pedra sobre pedra para o governador Beto Richa (PSDB) e para a vice Cida Borghetti (PP).