Quatro pessoas foram presas com um carro Santana após uma tentativa de assalto na Rua Quinze de Novembro, Centro de Campo Largo (Região Metropolitana de Curitiba). Uma arma foi arremessada para fora do carro no momento do acompanhamento tático da Polícia – acionada pelos comerciantes. O veículo foi alcançado no distrito de Ferraria.
Após a prisão dos quatro, os policiais voltaram e apreenderam a arma de fogo que teria sido lançada pela janela. Todos foram reconhecidos pela vítima. Foram presos: Giseli Aparecida Aguir (32 anos), Diogo Dias dos Santos (20) e Vinícius Antônio Vaz Inglês (19).
Uma quarta integrante é adolescente e não foi reconhecida pela vítima.
Uma ambulância de Campo Largo (Região Metropolitana de Curitiba), foi apreendida na BR-277, em Catanduvas, no Oeste do Paraná, carregada com produtos eletrônicos contrabandeados. Dois homens que estavam dentro da ambulância foram presos. O engraçado é que a fiscalização foi de rotina. Dificilmente se fiscaliza carros oficiais, mas os patrulheiros rodoviários tiveram sorte e pegaram dois crimes num caso só: uso de bem público para atividade particular e contrabando.
Dentro da ambulância, as equipes encontraram diversos objetos, entre eles receptadores de satélites ilegais, perfumes e HDs. A ambulância que estava no Oeste do Paraná deveria estar sendo usada para serviços de urgência e emergência em Campo Largo, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Já a prefeitura de Campo Largo informou que a ambulância apreendida não presta serviços para o Município, nem pertence à frota de veículos da Prefeitura. Ela seria de uma empresa particular da cidade.
Mas neste caso, como justificar a plotagem? Enfim, cabe agora a investigação aprofundada do caso por parte dos vereadores de Campo Largo e do próprio Ministério Público (MP).
O Ministério Público (MP) estadual mandou uma recomendação administrativa ao prefeito Affonso Portugal Guimarães (PSD) e aos secretários municipais de Campo Largo (Região Metropolitana de Curitiba) para regularização do quadro de pessoal da prefeitura. O documento foi baseado num inquérito civil que apontou que as funções exercidas por parte dos comissionados não correspondem aos cargos para os quais foram contratados. Ou seja, existe desvio de função.
Segundo a Constituição da República de 1988, servidores comissionados só podem ocupar cargos de confiança em exercício de direção, chefia e assessoramento. Em Campo Largo, alguns funcionários estariam exercendo funções meramente técnicas, burocráticas ou operacionais – nestes casos é obrigatória a realização de concurso público. Foram verificados, por exemplo, comissionados atuando como motorista, atendente, zelador, jardineiro, porteiro, secretária, mecânico, borracheiro, técnico de handball, auxiliar de serviços gerais, operador de máquina e professor.
O MP recomenda a exoneração dos servidores que estão atuando em desvio de função. Caso a situação não seja regularizada, o prefeito e os secretários municipais podem responder por eventual prática de ato de improbidade administrativa.
A briga entre o empresário Luis Guilherme Mussi e o policial civil Antonio Gabriel Castanheira cada dia ganha mais um capítulo. Agora o juiz Rubens dos Santos Júnior reconheceu o direito de Castanheira de entrar no condomínio da família de Luis Mussi em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. No último dia 20 de maio, um vídeo do policial armado com fuzil e quebrando a guarita do condomínio ganhou as redes sociais e este blog.
O policial alega que reagiu a um “constrangimento ilegal” ao ser impedido de entrar na própria casa. Ele teria alugado um dos imóveis do condomínio da irmã de Luis Mussi e estaria reformando o local.
Mas a decisão do juiz semana passada muda pouca coisa. Isso porque ainda está em vigor uma outra liminar na esfera criminal que proíbe o policial de frequentar o local. “A única medida que está em vigência é a que declara que ele deve ficar a pelo menos 300 metros do condomínio. Caso contrário, terá a prisão preventiva decretada. Isso foi definido como uma medida protetiva, porque a família está em pânico e com medo das ameaças, inclusive com cunho sexual contra as mulheres da família”, disse Marlus Dalledone, que representa Luis Mussi.
O pânico teria razão de ser. Um outro vídeo recebido por esta blogueira mostra o policial Castanheira fazendo ameaças para os vigilantes do condomínio, dizendo que era capaz de matar e até estuprar.
Antônio Gabriel Castanheira Júnior é funcionário da Divisão de Narcóticos (Denarc) de Curitiba. O advogado criminalista Cláudio Dalledone Júnior, que representa Castanheira, emitiu nota oficial sobre o caso que reproduzo na íntegra:
Antônio Gabriel Castanheira foi criminosamente impedido de ingressar na casa onde reside. Luiz Mussi foi e está sendo processado criminalmente pelas condutas que vem perpetrando há muito tempo no imóvel de propriedade de sua irmã e ocupado por Castanheira. Luiz Mussi detém o mesmo espaço e o mesmo direito que a também proprietária de um dos imóveis da Chácara Rio Verde. Que a decisão liminar que afasta o senhor Castanheira, por ora, do seu domicílio, será objeto de análise por parte do Juiz Criminal de Campo Largo, quando da exposição real dos fatos. Que as supostas ameaças propaladas pelo senhor Luiz Mussi são fruto de vídeos e áudios editados e criminosamente lançados na grande mídia a fim de criar impacto contra a conduta de Castanheira acessar sua residência em seu exercício regular de direito e em legítima defesa ao aparato criminoso montado com o propósito de impedir o policial de ingressar em sua casa.
Essa história está dando pano para manga. O policial civil Antônio Gabriel Castanheira Júnior, funcionário da Divisão de Narcóticos (Denarc) de Curitiba, foi flagrado em imagens ao invadir a propriedade do empresário Luis Mussi, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele agiu com muita violência. Ameaçava o porteiro o tempo inteiro para que o deixasse entrar. Depois, foi até o seu carro particular, pegou um fuzil e quebrou a janela da guarita. Tudo filmado.
Luis Mussi foi secretário de Estado de Indústria e Comércio no governo Roberto Requião (PMDB) e atualmente é dono da Rede Mercosul. Amigos e o advogado do policial civil, em entrevista coletiva à imprensa e notas oficiais, contaram que Castanheira locou o local que estava sendo reformado e, portanto, não poderia ter sido retirado do local ou impedido de entrar. Por outro lado, Luis Mussi disse que pediu um contrato de locação entre os dois antes de deixar entrar, mas Castanheira teria se recusado a apresentar qualquer comprovação de que o imóvel estava legalmente arrendado ou alugado para ele.
Outra alegação do policial, através da defesa, teria ido por terra. A defesa do investigador argumentou que o imóvel onde está o condomínio de Luis Mussi não poderia ser murado. Nem poderia ter guarita. Isso porque ficaria num local onde passaria uma rua. A argumentação foi rebatida pela Secretaria de Planejamento de Campo Largo que negou que qualquer rua passasse pelo meio da propriedade e reforçando a ideia de que ela é, antes de qualquer coisa, privada!
A disputa está longe do fim. Até porque as imagens causaram uma comoção em todos os que viram. Outro vídeo, que a blogueira espera receber em breve, mostram cenas ainda mais fortes. Nesse outro o policial não aparece, mas ameaçaria todas as mulheres da família de estupro.
Mesmo que ele estivesse com a razão, seria essa a melhor forma de agir? São questões que ficam. Com a palavra os magistrados que analisarão o tema!
O policial civil Antônio Gabriel Castanheira Júnior foi flagrado em imagens ao tentar invadir a propriedade do empresário Luis Mussi, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele agiu com muita violência. Ameaçava o porteiro o tempo inteiro para que o deixasse entrar. Depois, foi até o seu carro particular, pegou um fuzil e quebrou a janela da guarita.
Luis Mussi foi secretário de Estado de Indústria e Comércio no governo Roberto Requião (PMDB) e atualmente é dono da Rede Mercosul. Ele teria discutido com a irmã que teria contratado Castanheira para o “trabalho”. Castanheira é um investigador da Divisão de Narcóticos (Denarc) de Curitiba.
Além invadir o local, ameaçar os seguranças e dar tiros dentro da propriedade, o policial ainda teria lançado uma granada. O carro usado pelo policial, uma BMW, tem placas de carro oficial do Estado.
A blogueira tentou contato com o empresário Luis Mussi, mas até este momento não conseguiu retorno. O investigador não foi encontrado.
Méritos - O investigador Antônio Gabriel Castanheira Júnior recebeu em 2012 do Comando Geral da Polícia Militar (PM) do Paraná uma homenagem por impedir um assalto na região do Bacacheri, em Curitiba. Nas palavras do Comando Geral, o investigador foi homenageado "pela grande demonstração de coragem e destemor". A ação foi no dia 13/08/2012. Castanheira é um dos policiais mais treinados do Paraná, tendo servido no grupo Tigre (Antissequestro)17 anos. Na oportunidade, o Sindicato dos Policiais (Sipol) parabenizou o policial e disse que “ele é um orgulho e uma referência para toda a nossa categoria”.
A delegacia de Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba, viveu momentos de tensão neste fim de semana. Na cadeia vivem atualmente 71 presos (incluindo adolescente e mulher). Mas a capacidade é muito menor. A maioria nem deveria estar lá dentro.
A rebelião acabou quando o Departamento Penitenciário se comprometeu a transferir imediatamente 30 presos. O prazo máximo é de 15 dias.