Eles foram presos e dez dias depois estavam soltos, mas agora os oito vereadores investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, foram oficialmente denunciados pelo Ministério Público (MP) pelos crimes de peculato e organização criminosa. Apenas um vereador do município, Roberto Piano (PT), não está envolvido no caso.
Foram denunciados pelo Gaeco os vereadores Adolfo Florencio Preis (PSB), Diacir Ferreira da Silva (PSB), Gelson Lautert (PR), Jair Jose Escher (PR), Marlei Kaefer (PSL), Silvani Olivia Groth Mendes (PV), Vilso Nei Serena (PP) e Claudinei Vieira (PMDB).
O que eles faziam? O que muitos vereadores fazem em todo o Paraná e serão investigados, com certeza: apropriação indevida de valores de diárias referentes a viagens realizadas entre os anos de 2013 e 2016, com o objetivo de desviar as verbas das diárias. Havia até uma escala de viagens para os parlamentares participarem de cursos e eventos em outros municípios do Paraná e em estados próximos, mas os beneficiados sempre recebiam as diárias em número superior ao efetivamente utilizado.
Calcula-se que o grupo tenha causado prejuízo de R$ 700 mil aos cofres públicos através de estadias irregulares.